sexta-feira, 19 de junho de 2015

Raciocínio Analítico e Argumentação

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Raciocínio Analítico e Argumentação


Primeiramente, precisamos entender o que é um argumento. Trata-se de um conjunto de uma ou mais sentenças declarativas, também conhecidas como proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de uma outra frase declarativa conhecida como conclusão.

Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser apenas verdadeira ou falsa, isto é, há um valor sempre binário que se atribui às sentenças declarativas que tomamos como premissas e conclusões, o chamado valor-verdade, que pode ser 0 ou 1, positivo ou negativo, V ou F. Jamais há uma terceira opção, no que se chama de Princípio do Terceiro Excluído.

Os três principais tipos de argumento são: formais, quase-formais e de autoridade.

Em um argumento dedutivo (formal) o valor-verdade da conclusão é uma consequência lógica necessária das premissas que a antecedem, ou seja, sendo verdadeiras as premissas segue-se que necessariamente será verdadeira a conclusão. Caso alguma(s) premissa(s) não seja(m) verdadeira(s), uma conclusão verdadeira será apenas uma contingência. Também será contingente a verdade duma conclusão num argumento dedutivo inválido, ou seja, um argumento em que mesmo a veracidade integral das premissas não garante, necessariamente, uma conclusão verdadeira. Um exemplo:

"Todo homem é mortal." (Premissa)
"João é homem." (Premissa)
"Logo, joão é mortal." (Conclusão)

Os argumentos quase-formais são aqueles que lembram os raciocínios formais, dedutivos, no entanto, pelo fato de empregarem a linguagem natural, isto é, ordinária, vulgar, são suscetíveis de interpretações variadas, o que não é possível com a linguagem formal que é unívoca.

Em argumento indutivo a verdade da conclusão não é garantida pelas premissas, mas apenas indicada pelas premissas.  A analogia, um tipo de indução, é uma relação de semelhança estabelecida entre duas ou mais entidades distintas. 

Pode ser feita uma analogia entre cabeça e corpo e entre capitão e soldados. Cabeça (cérebro) e capitão são duas entidades análogas. Possuem função semelhante que, neste caso, é comandar, dar ordens. De igual forma, corpo e soldados exercem a mesma função que é obedecer às ordens.

Aos argumentos baseados na opinião de um ou mais especialistas chama-se argumentos de autoridade. É uma falácia lógica (discutiremos melhor na terceira Aula) que apela para a palavra de alguma autoridade a fim de validar o argumento. Este raciocínio é absurdo quando a conclusão se baseia exclusivamente na credibilidade do autor da proposição e não nas razões que ele apresentou para sustentá-la. Exemplos: 

"Sou uma pessoa vivida, por isto você não deve questionar os meus conselhos."

"Tenho doutorado e publiquei livros. Como você se atreve a discordar de mim?"

Algumas características de pensamento podem ser associadas à postura exibida na vida cotidiana, dentre elas, a informalidade, a utilização de argumentos tautológicos e de evidências irrelevantes.

Argumentos informais são estudados na lógica informal (foco do nosso Curso). São apresentados em linguagem comum e se destinam a ser o nosso discurso diário. Argumentos Formais são estudados na lógica formal (historicamente chamada lógica simbólica, mais comumente referida como lógica matemática) e são expressos em uma linguagem formal. Lógica informal pode chamar a atenção para o estudo da argumentação, que enfatiza implicação, lógica formal e de inferência.

Um argumento é tautológico quando se explica por ele próprio, às vezes redundante ou falaciosamente. Por exemplo, dizer que "o mar é azul porque reflete a cor do céu e o céu é azul por causa do mar" ou "quando os problemas acabarem, a normalidade voltará" são afirmativas tautológicas.

A utilização de evidências irrelevantes também é bastante comum no uso cotidiano (informal). Por exemplo, o argumento "áudio aulas são boas, porque meu amigo gosta" traz como premissa uma evidência que não dá suporte formal a conclusão.

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