sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Estratégia ótima de chute nas provas do Cespe

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Encontra-se fartamente na internet "estratégias" para melhorar o desempenho do candidato em concursos do Cespe (tipo Certo/Errado, com uma errada anulando uma certa). Há ainda quem defenda não chutar: "para não correr o risco de perder pontos".

Para ajudar o aluno, deixamos de lado a "opinião" e calculamos efetivamente qual a estratégia ótima de chute nas provas do cespe.

O melhor a se fazer é não deixar nada em branco!


Sim... simples assim! 

O racional (errado) de quem advoga por deixar questões em branco é o seguinte: "se faço apenas as questões que tenho mais certeza, aumento o meu percentual de acerto". A premissa está correta, mas a conclusão não.


O quadro acima mostra o percentual líquido de acerto em função do número de questões resolvidas (colunas) e de quanto o candidato sabe sobre a matéria (linhas). Naturalmente, quanto melhor o aluno (maior percentil) maior o índice de acertos. Quanto menor a quantidade de questões respondidas, maior o acerto, porque responde-se apenas aquelas em que se tem maior conhecimento.

O problema é que não adianta acertar mais disputando menos pontos! O segundo efeito sobrepõe-se ao primeiro. Na média, quem chuta mais sempre terá melhor resultado, independentemente do nível de conhecimento! Os resultados estão resumidos no quadro abaixo.


E porque isso acontece? Porque a sua chance de acertar no chute só é igual a 50% se você não souber exatamente nada sobre o assunto. Se tiver a mais vaga ideia, a probabilidade de acertar já é favorável. A figura abaixo ilustra essa situação.



Mas como eu devo chutar? Apenas marque o que você acha que é a resposta correta!

Partindo da premissa (correta) de que a prova é (+-) 50% certa e 50% errada, alguns professores sugerem que se deve chutar de forma que o gabarito tenha esse perfil. Pontualmente, essa estratégia pode conduzir a bons (ou maus) resultados, mas na média, ela é inócua! Não há ganho real. 

Variando o conhecimento do candidato, a dificuldade da prova e o número de questões respondidas, em mais de 1 milhão de simulações, não houve resultado significativo. Trata-se apenas de uma superstição.

Concluindo, a única lição que a estatística nos diz sobre estratégias de chute é a de que devemos responder todas as questões

Cansado de acreditar na "opinião" de "especialistas"? Quer estudar com um viés quantitativo de verdade? Ter uma estimativa das suas chances de passar em diversos concursos e se comparar em cada disciplina? 

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